Bullying (casos em Portugal)



Casos de "bullying" continuado já levaram à morte de jovens em Portugal. Quem o afirma é Beatriz Pereira, professora e investigadora do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, que adianta que um desses casos ocorreu ainda este ano, embora, tal como outros, não tenha sido assumido como tal, ou seja, um caso extremo de abuso sistemático de poder e de intimidação. Segundo aquela investigadora, os casos registados em Portugal são, no entanto, pontuais.
Basicamente, o "bullying", expressão inglesa com difícil tradução para português, consiste, segundo Alexandre Ventura, do departamento de Ciências da Educação da Universidade de Aveiro, "na violência física e/ou psicológica consciente e intencional exercida por um indivíduo ou um grupo sobre outro indivíduo, ou grupo, incapaz de se defender e que, em consequência de tal agressão, fica intimidado, podendo ver afectadas as respectivas segurança, auto-estima e personalidade".
Gozar, chamar nomes, ameaçar, empurrar, humilhar, excluir de brincadeiras e jogos são actos de todos os dias, que acontecem "desde sempre, desde que há crianças". E a isto se chama "bullying". Algo que muitas vezes é considerado pelos adultos como "saudável" e "uma boa forma de aprender a viver e a defender-se" e que pode deixar marcas para toda a vida.
Segundo Alexandre Ventura, o "bullying" pode marcar a personalidade de uma pessoa para sempre ao torná-la débil na capacidade de comunicação, ao torná-la incapaz de se afirmar em termos sociais, profissionais e amorosos.
As vítimas de "bullying" tornam-se muitas vezes pessoas tão frágeis que chegam mesmo a tentar o suicídio.

JN (jornal de noticias)



Caso em Benfica, Lisboa
Excelentes comentários que suscitam reflexões após uma briga de meninas filmada e postada na internet, em Portugal.
Fico perguntando-me se é necessário numa situação dessas identificar se é bullying ou não. É importante conhecer os antecedentes. Mas o que fica visível e claro é a complacência com a agressão.

Caso de Campo Grande

Promotor da Infância e Adolescência de Campo Grande disse que a punição será a mesma do primeiro se eles ainda não tiverem cometido nenhum outro delito anteriormente.

 Foi apurado que não era apenas um adolescente que praticava o bullying extorquindo dinheiro de colega. Mais seis jovens estão envolvidos.
O primeiro jovem já está prestando serviços na escola.
Achamos muito boa a punição que foi aplicada. Precisamos ter bem claro que um jovem ou criança que comete bullying não pode ser logo encarado como “monstro”, marginal ou delinquente. Uma orientação firme e uma punição podem resolver a situação.
Não devemos também logo culpar os pais totalmente pelo comportamento do filho. A mãe dele afirma que sempre deu carinho e que não esperava que o filho fosse agir assim.
Espero que este adolescente recupere, que aprenda a lição de que BULLYING NÃO É BRINCADEIRA, e que as consequências virão.

Agressor sente-se arrependido

Matéria do Campo Grande News dá detalhes sobre a audiência com o Promotor e as penalidades aplicadas:
No depoimento, o menino disse não saber porque fazia a extorsão, mas que estava arrependido e que não voltaria mais a fazer as ameaças em troca de dinheiro.Ele também afirmou não imaginar as consequências das agressões dele. “Não vou fazer mais”, repetiu.
A mãe garantiu que devolverá R$ 500 para a vítima. Já o menino assumiu termo de compromisso de assistir aulas, colaborar com a escola e cumprir ação educativa por 3 meses (4 horas semanais).
Com a autorização da mãe, o promotor Sérgio Harfouche, da 27ª Vara da Infância e da Adolescência, determinou toque de recolher para o adolescente.Ele não deve se ausentar da residência, sem a companhia da mãe, depois das 18h.



A delegada que investigou o caso diz que situações assim são comuns nas escolas públicas e privadas do estado. Dados da polícia civil mostram que do começo do ano até agora foram registadas 258 ocorrências de lesão corporal e ameaças nas instituições de ensino da capital.

Sem comentários:

Enviar um comentário